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A parte e o Todo: como construir bairros e cidades melhores


Estamos expostos a Arquitetura o tempo todo. Passamos nossos dias dentro de casas, salas e edifícios, vamos ao supermercado, shopping center, andamos por praças, ruas e calçadas que, pode não parecer, mas foram todas projetadas por alguém. Diferente de uma obra de arte ou uma música, que vc escolhe ver ou ouvir, com arquitetura não há escapatória: boa ou má, ela está lá e é dentro e em volta dela que a tudo acontece.

Mesmo quando não é a intenção do Arquiteto, ela afeta diretamente nosso dia a dia, nosso bom ou mau humor, nosso desejo de ir a um determinado lugar, a um bar, um restaurante e de evitar outros, escolher um caminho, sentar num banco e não no outro ao lado. O bom Arquiteto aprende a explorar essas percepções e utilizá-las a seu favor no projeto. O resultado almejado é de uma sensação de espaço desenhado, planejado, com poucos elementos, idéias e materiais simples. O mais simples é sempre o mais difícil de alcançar: é quando se tira todo o bagaço e fica só o sumo, o que interessa.

Em boa medida, cada construção é como que uma célula num organismo maior que é a cidade. Não é difícil de entender que se cada pessoa deixasse seu carro em casa, não haveria trânsito na rua, se cada um plantasse uma árvore na frente da sua casa, nossas ruas seriam repletas de sombra e que se investíssemos em melhores projetos para nossas casas, praças, ruas e calçadas, nossas cidades nos despertariam muito mais aquela tão desejada sensação de simplicidade e de bom desenho, de lugar bonito e agradável, de prazer e bem estar.

A questão é de ação e consequência: não dá prá plantar feijão e esperar colher tomate. Portanto, prá poder sonhar em construir e viver numa rua, numa cidade, num país melhor, cada um tem que começar a fazer diferente. E toda construção começa com um bom projeto.

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